VOCÊ JÁ CANTOU HOJE?
Carioca do bairro de São Cristóvão, Silvio Caldas nasceu em 23 de maio de 1908 e teve contato com a música desde a infância, pois o pai era dono de uma loja de instrumentos musicais e atuava amadorísticamente como compositor de valsas, foxes, sambas e schottischs. Aos 5 anos, o pequeno Silvio já se apresentava em teatros como cantor. Sua primeira apresentação oficial ocorreu aos seis anos de idade, numa conferência no Teatro Fênix. À época, ele já integrava um bloco carnavalesco chamado Família Ideal. A mãe, a avó e as tias cantavam no côro da igreja, nas festas e quermesses. Um dos seus quinze irmãos, Murilo Caldas, três anos mais velho, também se tornaria cantor, obtendo certo prestígio nos anos 30. Aos 16 anos, foi para São Paulo trabalhar como mecânico de automóveis. Três anos depois, voltou ao Rio e, por meio de contatos, foi levado para a Rádio Mayrink Veiga pelo cantor Antônio Santos, o Milonguita. A primeira gravação foi em 1930 e, desde o início, notabilizou-se interpretando sambas. Silvio Caldas se transformaria, ao lado de Gilberto Alves, Orlando Silva, Francisco Alves e Carlos Galhardo, num dos cantores de maior sucesso da chamada época de ouro da MPB. ![]() O cantor Sílvio Caldas foi o maior responsável pela consolidação da seresta na música popular brasileira, tendo contribuído para o gênero também como compositor, nos anos 30. Por isso, ele ficou identificado como "O Seresteiro do Brasil", epíteto ao qual se manteve fiel durante toda a sua longa carreira. Como grande seresteiro, Sílvio Caldas cantou muitas valsas. Mas também se mostrou, igualmente, um excepcional intérprete de sambas. Nesse campo, suas interpretações, marcadamente cadenciadas, fizeram do seu um canto inconfundível entre os outros de seu tempo e de todos os tempos no país. ![]() Embora amoroso, o lirismo de Sílvio Caldas recusava um romantismo excessivamente derramado. Singelo, sua simplicidade estava de par com um zelo técnico. Autêntico, nem por isso se prendeu ao repertório de um único período ou de um único gênero. ![]() Faleceu em 3 de fevereiro de 1998, deixando uma vasta coleção de sucessos e muita saudade.
Pesquisa em diversos sites
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Aldo Cabral / Benedito Lacerda
1a. Gravação feita por Silvio Caldas, em 1938, na Gravadora Odeon.
Sobre um soberbo pedestal
Uma boneca encantadora
No bazar das ilusões
No reino das fascinações
Num sonho multicor, todo de amor
Seus lábios entreabertos, a sorrir
Na boca rubra, a seduzir
Como se fossem de verdade,
Eram dois rubis serenos,
Dois símbolos carmenos de felicidade.
Seu cabelo tinha a cor
De um sol a irradiar
Fulvos raios de amor;
Seus olhos eram circunvagos
No romantismo azul dos lagos
Mãos liriais; Os braços divinais
Um corpo alvo sem par
Uns pés muito pequenos
Enfim, eu vi nessa boneca
Uma perfeita Vênus.
Porém deste meu sonho singular,
Inda não tive o despertar
E assim, sou bem feliz porque
Vejo em meu sonhar profundo,
Que esse bazar é o mundo
E a boneca é você.
Fonte do Texto: http://www.velhosamigos.com.br e Imagens Google
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