Altemar Dutra de Oliveira, cantor, nasceu em Aimorés Minas Gerais em 6 de outubro de1940 e faleceu em Nova York E.U.A, em 9 de novembro de 1983. Jovem ainda, mudou-se com a família para Colatina Espírito Santo, onde começou a interessar-se por música, depois de ganhar da mãe um violão, quando aprendeu a tocar sozinho.
Apresentou-se pela primeira vez em público num programa de calouros da Rádio Difusora de Colatina, cantando uma música do repertório de Francisco Alves, classificando-se em primeiro lugar, nessa e em várias outras vezes. Incentivado por amigos e radialistas, aos 17 anos foi para o Rio de Janeiro, levando uma carta de apresentação para o compositor Jair Amorim, que o encaminhou a amigos do meio artístico. Arranjou emprego na boate Baccarat, onde também estava iniciando carreira a cantora Leny Andrade.Menor de idade ainda, várias vezes teve de esconder-se do juizado de menores. Na Baccarat conheceu Helena de Lima, que o convidou para cantar na boate O Cangaceiro, uma das casas noturnas mais afamadas do Rio de Janeiro de 1960 a 1965. Ali, entrou em contato com várias pessoas do mundo artístico, travando amizade maior com os componentes do Trio Iraquitã. Por volta de 1963, foi levado por Jair Amorim para o programa Boleros Dentro da Noite, na Rádio Mundial, e no mesmo ano Joãozinho, do Trio Iraquitã, levou-o para a Odeon, onde foi contratado. Logo atingiu os primeiros lugares nas paradas de sucesso com "Tudo de mim" (Evaldo Gouveia e Jair Amorim), tornando-se conhecido em todo o Brasil. Com suas versões em espanhol, chegou a vender mais de 500 mil cópias na América Latina. Depois de ter dominado as paradas de sucesso locais, a partir de 1969 passou a conquistar fãs de origem latina nos E.U.A. Em pouco tempo tornou-se um dos mais populares cantores estrangeiros nos E.U.A. Apresentava um show para a comunidade latino-americana, no clube noturno La Tranquera, em New York, quando faleceu. |
Que fazes junto a mim
Se tudo está perdido amor
Que mais me podes dar
Se nada tens a dar
Inútil se querer
O amor que não se tem
Porque voltaste aqui
Se estando junto a ti
Eu sinto que estou sem ninguém
Se julgas que ainda vou
Pedir que não me deixes mais
Não tenho que pedir
Nao sei o que pedir
Se tudo que desejo é paz
Se tudo se perdeu
Se tu quiseste assim
E então que queres tu de mim
Se até o pranto que chorei
Se foi por ti não sei.
Dos velhos tempos que não voltam mais Cantava assim a toda hora
As mais lindas modinhas
De meu tempo de outrora
Sinhá mocinha de olhar fugaz
Se encantava com meus versos de rapaz
A suspirar sob os balcões em flor
Na noite antiga do meu Rio
Pelas ruas do Rio
Eu passava a cantar novas trovas
Em provas de amor ao luar
E via então de um lampião de gás
Na janela a flor mais bela em tristes ais.
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