Antonio Moreira da Silva nasceu no Rio de Janeiro, em 1º de abril de 1902, e faleceu também no Rio de Janeiro, em 6 de junho de 2000. Foi um cantor e compositor brasileiro, também conhecido como Kid Morengueira. Filho mais velho de Bernardino de Sousa Paranhos, trombonista da Polícia Militar, e de Dona Pauladina de Assis Moreira. Carioca da Tijuca, criado no Morro do Salgueiro, só iniciou os estudos aos nove anos, mas abandonou a escola aos onze anos, quando da morte do pai. Foi empregado de fábricas, tecelagens e chofer de praça e de ambulância. Iniciou a carreira em 1931, com "Ererê é Rei da Umbanda". Em 1992, foi tema do enredo da escola de samba Unidos de Manguinhos. Em 1995, gravou "Os 3 Malandros In Concert", com Dicró e Bezerra da Silva, aos 93 anos de idade. Em 1996, foi tema do livro Moreira da Silva – “O Último dos Malandros”. Com 98 anos de idade, ainda se apresentava em shows. Suas músicas: “Implorar” (1935); “Jogo Proibido” (1937); “Acertei no Milhar” (1940); “Amigo Urso”; “Fui a Paris”; “Na Subida do Morro”; “O Rei do Gatilho”, onde surge o Kid Morengueira (1962); “O Último Dos Moicanos” (sequência de “O Rei Do Gatilho”)(1963).
BEZERRA DA SILVA
Bezerra da Silva nasceu em Recife, em 23 de fevereiro de 1927, e faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de janeiro de 2005. Foi um cantor, compositor e violonista brasileiro, considerado o embaixador dos morros e favelas. Cantou sobre os problemas sociais encontrados dentro das comunidades, se apresentando no limite da marginalidade e da indústria musical.Foi de Pernambuco para o Rio de Janeiro, aos 15 anos, escondido em um navio, e lá ficou trabalhando na construção civil. Tocava percussão desde criança e logo entrou em um bloco carnavalesco, onde um dos componentes o levou para a Rádio Clube do Brasil, em 1950. A partir daí passou a atuar como compositor, instrumentista e cantor, gravando seu primeiro compacto em 1969 e o primeiro LP seis anos depois. Inicialmente gravou cocos sem sucesso. Mas a partir da série Partido Alto Nota 10 começou a encontrar seu público. O repertório de seus discos passou a ser abastecido por autores anônimos (alguns usando codinomes para preservar a clandestinidade) e Bezerra notabilizou-se por um estilo "sambandido", precursor mesmo do "gangsta rap" norte-americano. Antes do hip hop brasileiro, ele passou a transmitir do outro lado da trincheira da guerra civil não declarada: "Malandragem Dá um Tempo", "Seqüestraram Minha Sogra", "Defunto Cagüete", "Bicho Feroz", "Overdose de Cocada", "Malandro Não Vacila", "Meu Pirão Primeiro", "Lugar Macabro", "Piranha", "Pai Véio 171", "Candidato Caô Caô". Em 1995 gravou pela Sony "Moreira da Silva, Bezerra da Silva e Dicró: Os Três Malandros In Concert", uma paródia ao show dos três tenores, Pavarotti, Domingo e Carreras. O sambista virou livro em 1998, com "Bezerra da Silva - Produto do Morro", de Letícia Vianna.
DICRÓ
Dicró, nome artístico de Carlos Roberto de Oliveira, nascido em Mesquita em 14 de fevereiro de 1946. É um músico brasileiro de sambas satíricos que atua desde a década de 1970. Com letras bem-humoradas e muitas vezes de duplo sentido, é considerado um dos principais expoentes da malandragem. É muito conhecido por falar mal da própria sogra, em tom de brincadeira.Iniciou sua carreira na década de 70, injetando um humor escrachado em suas letras. O disco "Barra Pesada", de 1978, é um bom exemplo do samba de Dicró. Frequentador da poluída praia de Ramos, suas músicas retratam, de forma satírica, o cotidiano dos subúrbios, principalmente a Baixada Fluminense. Em 1991, tentou a carreira de teatrólogo com a peça "O Dia em que Eu Morri".
Fonte: Wikipédia e outros sites
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Composição: Indisponível
Pintor, Pinto, Pintor
Eu já fui pintor
E eu também já fui pintor
Agora sou tenor!
Lapa querida na minha infância eu garotão dirigindo ambulância...
Não tem Pavarotti, nem José Carreras nem Placido Domingo
Eu sou mais o Bezerra, Moreira da Silva e Dicró, rei do bingo
Não tem Pavarotti, José Carreras nem Placido Domingo
Eu sou mais o Bezerra do Galo, Moreira da Silva e o Dicró rei do bingo
Quando eu canto em fá maior, lá bemol ou fá sustenido,
até o Cristo Redentor coloca a mão no ouvido No prédio onde eu moro, fui obrigado a sair, quando estou ensaiando no quarto
lá de São Paulo dá pra se ouvir
Mas não tem Pavarotti, José Carreras nem Placido Domingo
Eu sou mais o Bezerra, Moreira da Silva e o Dicró, rei do bingo (2x)
Os três pagodeiros do Rio, quando cantam causam emoção,
os gringos cobram quinhentos,
a gente cobra um milhão.
Gravamos um disco ante ontem, hoje já esgotou,
ganhamos um disco de ouro, um de platina e um disco voador.
Não tem Pavarotti, José Carreras nem Placido Domingo
Eu sou mais o Bezerra, Moreira da Silva e o Dicró, rei do bingo
Não tem Pavarotti, José Carreras nem Placido Domingo
Eu sou mais o Bezerra do Galo, Moreira da Silva e o Dicró, rei do bingo
Com três dias de nascido,
com o meu primeiro choro,
o meu grito foi tão alto,
que a babá me deu um couro.
Agora vem esses caras,
do bonde taquara rachada,
E não chega nem aos pés, de Moreira e Bezerra e Dicró da baixada (2x)
Mas não tem Pavarotti, José Carreras nem Placido Domingo
Eu sou mais o Bezerra, Moreira da Silva e o Dicró, rei do bingo (2x)
Fígaro, fígaro, fígaro!!!!!
Na Subida do Morro
Composição: Moreira da Silva/Ribeiro Cunha
Que você bateu na minha nêga
Isso não é direito
Bater numa mulher
Que não é sua
Deixou a nêga quase nua
No meio da rua
A nêga quase que virou presunto
Eu não gostei daquele assunto
Hoje venho resolvido
Vou lhe mandar para a cidade de pé junto
Vou lhe tornar em um defunto
Você mesmo sabe que eu já fui um malandro malvado
Somente estou regenerado
Cheio de malícia
Dei trabalho à polícia
Prá cachorro
Dei até no dono do morro
Mas nunca abusei
De uma mulher
Que fosse de um amigo
Agora me zanguei consigo
Hoje venho animado
A lhe deixar todo cortado
Vou dar-lhe um castigo
Meto-lhe o aço no abdômen
E tiro fora o seu umbigo
- 'Moringueira, você me feriu",
- 'É claro, você me desrespeitou, mexeu com a minha nega'.
Você sabe que em casa de vagabundo, malandro não pede emprego.
Tá armado, vagabundo?
Eu quero é ver gordura, que a banha está cara!
Também tem que ser vegetal, por causa do colesterol!
Meti a mão na duana, saquei da peixeira, sou pernambucano anulário, peguei logo pelo duodeno, vesícula biliar e fiz-lhe uma tubagem; ele caiu, bum!, todo ensangüentado.
E as senhoritas e senhoras, como sempre, nervosas:
- Meu Deus, esse homem morreu!
Coitado, olha aí, está se esvaindo em sangue'
Aí vem aquela baba de quiabo!
- Minha senhora, dê-lhe óleo acanforado, penicilina, estreptomicina crebiosa, engrazida, vacina Sabin
Mas o homem já estava frio, na horizontal.
Agora, o malandro que é malandro não denuncia o outro, espera para tirar a forra. Então diz o malandro:
Vocês não se afobem
Que o homem dessa vez
Não vai morrer
Se ele voltar dou prá valer
Vocês botem terra nesse sangue
Não é guerra, é brincadeira
Vou desguiando na carreira
A justa já vem
E vocês digam
Que estou me aprontando
Enquanto eu vou me desguiando
Vocês vão ao distrito
Ao delerusca se desculpando
Foi um malandro apaixonado
Que acabou se suicidando.
Composição: Indisponível
Lá na casa da vovó
Vou fazer um bingo
Lá na casa da vovó
O prêmio é minha sogra
Sai numa pedra só
O prêmio é minha sogra
Sai numa pedra só
Quem ganhou tem que levar
Leva essa droga pra lá
Quem ganhou tem que levar
Leva essa droga pra lá
Se você não ganhou nada
Não fique preocupado
Porque na segunda pedra
Você leva o meu cunhado
Quem ganhou tem que levar
Leva essa droga pra lá
Quem ganhou tem que levar
Leva essa droga pra lá
Eu vou fazer
Vou fazer um bingo
Lá na casa da vovó
Vou fazer um bingo
Lá na casa da vovó
O prêmio é minha sogra
Sai numa pedra só
O prêmio é minha sogra
Sai numa pedra só
Quem ganhou tem que levar
Leva essa droga pra lá
Quem ganhou tem que levar
Leva essa droga pra lá
Na terceira pedra
O prêmio de consolação
Leva um criolo bicha
E uma branca sapatão
Quem ganhou tem que levar
Leva essa droga pra lá
Quem ganhou tem que levar
Leva essa droga pra lá
Eu vou fazer
Vou fazer um bingo
Lá na casa da vovó
Vou fazer um bingo
Lá na casa da vovó
O prêmio é minha sogra
Sai numa pedra só
O prêmio é minha sogra
Sai numa pedra só
Quem ganhou tem que levar
Leva essa droga pra lá
Quem ganhou tem que levar
Leva essa droga pra lá
A cartela é de graça
Podem levar de montão
Eu entrego o prêmio em casa
Só não quero é devolução
Se acaso houver empate
Ninguém fique com receio
A gente arranja um serrote
E parte a veia no meio
Quem ganhou tem que levar Leva essa droga pra lá
Quem ganhou tem que levar
Leva essa droga pra lá
Eu vou fazer
Fazer um bingo
Lá na casa da vovó
Vou fazer um bingo
Lá na casa da vovó
O prêmio é minha sogra
Sai numa pedra só
O prêmio é minha sogra Sai numa pedra só
Quem ganhou tem que levar
Leva essa droga pra lá
Quem ganhou tem que levar
Leva essa droga pra lá.


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