VOCÊ JÁ CANTOU HOJE?

Nascida na cidade de Açu, no Rio Grande do Norte, a pequena Idenilde da Costa Araújo, aos 12 anos de idade já fazia do cabo da vassoura um microfone para cantar as músicas de Vicente Celestino e Dalva de Oliveira, os maiores cantores de a época. A cantora potiguar desembarcou muito cedo no Rio de Janeiro e começou sua carreira no fim dos anos 50, com o nome artístico de Nilde Araújo. Cantou em programas de calouros, interpretando músicas da época; foi crooner da boate Cave no Rio de Janeiro e estreou cantando Dalva de Oliveira. Chegou a gravar um disco ainda como Nilde Araújo - seu primeiro nome artístico - e veio a assumir o nome definitivo de Núbia Lafayette, em 1960, por sugestão do compositor Adelino Moreira, que a apresentou, com o apoio de Nelson Gonçalves, à gravadora RCA e encontrou em Núbia a intérprete ideal para suas canções inolvidáveis. Ainda em 1960, Núbia grava seu primeiro disco de carreira com a música "Devolvi", de Adelino Moreira, que logo passará a tocar nas rádios de todo País e, exaustivamente, nas rádios de todo o nordeste, o que a projetou como uma cantora romântica e popular. Nelson Gonçalves teve uma grande importância na carreira de Núbia Lafayette: apresentou-a à RCA, foi sua fonte de inspiração musical masculina e um grande professor, ensinando-a como se comportar no palco. Núbia, pela grande afinidade com o cantor, foi apontada por muitos de seus fãs como um "Nelson Gonçalves de Saias"; regravou muitos de seus sucessos como: "Argumento" (Adelino Moreira), "A Volta do Boêmio" (Adelino Moreira) e "Fica Comigo Esta Noite" (Nelson Gonçalves/Adelino Moreira). "Devolvi", o seu primeiro sucesso, não foi o único, logo depois vieram cair na boca do povo músicas como o bolero "Seria tão Diferente", "Prece à Lua", "Solidão", "Preciso Chorar", "Primazia", "Ouvi Dizer"(todas de Adelino Moreira) e "Mais uma Lição"( Nonô Basílio). Depois, já pelos anos 70 e pela gravadora CBS, veio uma segunda fase de sucessos. Núbia volta para as paradas com "Casa e Comida", música de Rossini Pinto, que foi faixa título de um LP gravado em 1972. A música virou uma espécie de hino nacional das mulheres malcasadas e desprezadas pelos seus maridos infiéis, pois quase todas sabiam de cor o refrão que dizia; "Não é só casa e comida que faz a mulher feliz".Neste mesmo LP, a música "Aliança com Filete de Prata" (Gloria Silva) também passou a fazer parte definitivamente do seu repertório, como também as músicas que lançou, anos depois, a exemplo de "Mata-me Depressa"(Rossini Pinto), "Quem eu Quero Não me Quer"(Raul Sampaio/ Benil Santos), "Esta Noite Eu Queria Que o Mundo Acabasse" (Silvio Lima) e as recordistas de pedidos suplicantes nos eufóricos shows de Núbia Lafayette: "Lama"(Aylce Chaves /Paulo Marques) e "Fracasso" (Mario Lago) músicas que ficaram célebres em sua voz. Apesar dos modismos, Núbia sempre se manteve fiel ao romantismo das mágoas, da traição, do desconsolo e da fossa que teve, em Adelino Moreira, seu grande profeta, mais ainda assim gravou também outros grandes especialistas da dor de cotovelo como Lupicínio Rodrigues, Herivelto Martins, Raul Sampaio, Jair Amorim, Evaldo Goveia, Othon Russo entre outros. ![]() Atualmente, a cantora estava residindo na cidade de Maricá.
Nasceu em 21/1/1937 - Faleceu em 18/06/2007
Por: Hugo de Oliveira
Pesquisa no site www.paulogoncalo.com/nubia.htm |
(Rossini Pinto)
Desculpe, meu amor, o que eu lhe digo
Mas meu bem, não é comigo, que você deve lamentar
Você nunca foi um bom marido
Não cumprindo o prometido que jurou aos pés do altar
É triste confessar, mas é precisoVocê não teve juízo em dizer que não me quis
Perdoa, meu amor, não sou fingida
Não é só casa e comida, que faz a mulher feliz
Noites, quantas noites, eu passava
Por você abandonada, a chorar na solidão
E quando eu reclamava, você ria
Me dizendo que ficava, no escritório, no serão.
Agora você tenha paciência,
Eu lhe peço, por clemência,
Deixe em paz meu coração.
Repito o que todo mundo diz:
Não é só casa e comida, que faz a mulher feliz.
Noites, quantas noites, eu passavaPor você abandonada, a chorar na solidão
E quando eu reclamava, você ria
Me dizendo que ficava, no escritório, no serão.
Agora você tenha paciência,
Eu lhe peço, por clemência,
Deixe em paz meu coração.
Repito o que todo mundo diz:
Não é só casa e comida, que faz a mulher feliz.
(Aylce Chaves/Paulo Marques)
Se quiser fumar, eu fumo
Se quiser beber, eu bebo
não interessa à ninguém
Se o meu passado foi lama
Hoje, quem me difama,
Viveu na lama também.
Comendo da minha comida,
Bebendo a mesma bebida,
Respirando o mesmo ar
E hoje, por ciúme ou por despeito,
Acha-se com o direito de querer me humilhar.
Quem és tu? Quem foste tu?
Não és nada.
Se na vida fui errada, tu foste errado também
Não compreendeste o sacrifício, sorriste do meu suplício
Me trocando por alguém
Se eu errei, se pequei, pouco importa
Se aos teus olhos estou morta,
Para mim morreste também.
Quem és tu? Quem foste tu?
Não és nada.
Se na vida fui errada, tu foste errado também
Não compreendeste o sacrifício, sorriste do meu suplício
Me trocando por alguém.
Se eu errei, se pequei, pouco importa
Se aos teus olhos estou morta,
Para mim morreste também.
(Herivelto Martins/David Nasser)
Eu amanheço, pensando em ti
Eu anoiteço, pensando em ti
Eu não te esqueço
É dia e noite pensando em ti.
Eu vejo a vida, com a luz dos olhos teus,
Me deixe, ao menos,
Por favor, pensar em Deus.
Nos cigarros que eu fumo,
Te vejo nas espirais;
Nos livros que eu tento ler,
Em cada frase, tu estás;
Nas orações que eu faço,
Eu encontro os olhos teus,
Me deixe, ao menos,
Por favor, pensar em Deus.
Nos cigarros que eu fumo,
Te vejo nas espirais;
Nos livros que eu tento ler,
Em cada frase, tu estás;
Nas orações que eu faço,
Eu encontro os olhos teus,
Me deixe, ao menos,
Por favor, pensar em Deus.
(João de Barro/Antônio Almeida)Fiz meu rancho na beira do rio,
Meu amor, foi comigo morar
E na rede, nas noites de frio,
Meu bem me abraçava,
Pra me agasalhar.
Mas agora, meu bem
Foi embora,
Foi embora e não sei
Se vai voltar.
A saudade nas noites de frio,
Em meu peito vazio, virá se aninhar.
A saudade é dor pungente, moreno.
A saudade mata a gente, moreno!
A saudade é dor pungente, moreno!
A saudade mata a gente.
A Saudade Mata a Gente - Vídeo





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